Um malandro se equilibrando pelos paralelepípedos do centro. Uma alma deprimida no canto do quarto. Um amante extasiado ainda em transe. Um rapaz. Todos imitando a vida de alguém. Vidas inventadas ou verossímeis. Como fazer uma imitação da vida? Se a vida por si só não é definida (ou definitiva), mas quem quer respostas? As respostas tiram toda graça do questionamento.
É isso que Matheus Rodrigues faz. Imita o que não é, para que isso sendo, possa ser. Páginas de diários, confissões ao papel esvaindo-se em fumaça cinza. Cinza como as pedras das ruas por onde esse imitador de si mesmo passa diariamente. Não confunda Matheus Rodrigues com M. R. Matheus trabalha, estuda, aperta “postar”. M. R. é desses alter-egos que ganha vida própria está sendo lido e lê em tempo não-cronológico.
Lógico que não há lógica, mas sempre vale a pena sentir mais.
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